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Um leve detox das rotinas de beleza e uma breve reflexão sobre o que é ser vaidosa…

Por em 18 de novembro de 2017

Tudo começou com um exercício de coaching em uma reunião do trabalho. Num primeiro momento, foi pedido para que colegas me descrevessem em uma palavra. Duas disseram, com toda a certeza: vaidosa.

Em seguida, nos foi proposto dois desafios: mudar algo na aparência e na rotina (na qual você deveria fazer algo oposto) por uma semana. Em um ambiente com mulheres, grande parte optou por ir mais maquiada para o primeiro desafio.

Qual foi minha opção? O contrário. 

Mas não foi para chocar nem para provar a quem me chamou de vaidosa que não é bem assim. Na verdade, foi para resolver os dois desafios propostos em uma ação só. Ao “diminuir o tom” na minha arrumação pessoal do dia a dia, também alterei a minha rotina.

Explico: minha rotina normal é acordar, duas a três vezes por semana acordar mais cedo para tomar banho e lavar a cabeça – hábito que adquiri esse ano, depois do novo corte de cabelo – tomar café, me maquiar e ir para o trabalho.

Minha maquiagem de trabalho não é nada de festa, com camadas e técnicas, porém é mais elaborada que a da maioria das mulheres que convivo.

Nos dias do desafio, deixei para lavar os cabelos à noite e usei o que considero o mínimo de maquiagem: uma camada leve de base e corretivo, sombra da cor da pálpebra (para quem não tem o olho apurado, achou que estava sem nada), delineador quase imperceptível, máscara de cílios e um balm labial com cor.

Nos cabelos: lavei e sequei (só porque era à noite). No dia seguinte, não modelei os cabelos, franja, nada de produtos. Do jeito que estava eu ia. No máximo um rabo caso o cabelo tivesse muito desordenado.

 

 

O resultado?

Na rotina, de 15 a 20 minutos a mais de sono.

Na aparência, poucas pessoas perceberam e a maior parte daquele grupo do trabalho que estava na reunião só se deu conta quando eu contei qual foi a mudança que fiz.

 

Como me senti?

Menos estranha do que pensava que me sentiria. Abracei uma aura relax nesses dias. Não encarei o desafio como uma obrigação.

Não incomodou, nem me deixou desconfortável de nenhuma forma, porque se isso tivesse acontecido, não teria seguido adiante.

 

A conclusões cheguei?

Primeiro, que às vezes a gente estabelece rotinas maiores que o necessário.

Veja bem, a minha rotina de beleza não é algo que me impus. Não me maquio para mascarar algo em mim nem para ninguém . Faço porque me dá prazer, porque gosto da sensação de ver uma versão melhorada de mim mesma todos os dias. E porque esse é um momento que é muito de conexão comigo. Adoro mexer com as cores, texturas, efeitos, cheiros que tenho contato nesse momento que considero muito íntimo.

Mas percebi que às vezes está tudo bem diminuir o tom. Que eu posso estar me achando abatida, um pouco sem cor, sem brilho, “ai meu Deus, essa raiz branca aparecendo!“, mas que nem sempre todo mundo nota. Que meu cabelo super esquisito a meu ver está normal para as outras pessoas.

E que tudo bem abrir mão da sombra bem aplicada para dormir mais uns minutinhos quando se está cansada.

 

E que o conceito de vaidade é relativo.

Para quem está de fora, minha rotina diária pode ser quase o mesmo que o “se arrumar para sair” de outras pessoas.

Para mim, é algo quase orgânico e de higiene, como escovar os dentes, tomar banho. E tão prazeroso quanto um prato de brigadeiro de panela. Um tempo tão íntimo, tão meu, que me aproxima de mim mesma nessa correria de todos os dias que vai começar a ocorrer logo depois desses minutos que dedico a “me embelezar”.

Olhando para trás, acho que adquiri do meu avô esse ritual quase sagrado de me arrumar. Ele estava sempre impecavelmente arrumado e cheiroso, mesmo num calor de 40 graus do Rio de Janeiro. Por 10 anos, diariamente, o via arrumando-se com todo o cuidado. Acho que “pegou mesmo” em mim, porque quando me arrumo vejo muito daquilo quase orgânico que meu avô fazia todos os dias.

Ser vaidosa para mim é algo ligado a prazer e intimidade comigo mesma.

 

E para você, é algo imposto pelos padrões de beleza ou prazer pessoal?

Seja o primeiro a amar

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1 Comentário
  1. Responder

    Laura

    24 de novembro de 2017

    No meu caso a maquiagem foi a salvação para a combinação melasma + olheiras. As manchas na pele me incomodam bastante e me sinto mais confortável com uma camada de base.
    Ah! E rímel sempre!

    Bjus.

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CLAU MELO

 

 

Claudia Melo, 50 anos, maquiadora especialista em automaquiagem e beleza atemporal e produtora de conteúdo digital.
Acredito que beleza deve ser um ato de prazer, de autocuidado e que pode ser desfrutado por pessoas de todas as idades
e gêneros.
Meu objetivo é fazer com que as pessoas sintam-se confortáveis na pele que tenham.

Confira mais do meu conteúdo e trabalhos nas minhas redes sociais:
Facebook – Instagram – Twitter: @claumelobeauty

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