Em tempos de dólar alto, como tentarei driblar o consumo excessivo
Pois é, o dólar está mais de 3 reais – e dizem que chegará na casa dos R$ 4 até o fim do ano. Nos acostumamos a consumir coisas melhores nos últimos anos, tivemos mais facilidade em viajar, em pedir coisas de sites estrangeiros. Porém, agora, isso está praticamente inviável.
O que uma louca por cosméticos – e de boas marcas – faz numa hora dessas?
O que todo mundo faz (ou deveria fazer) em tempos de crise: racionalizar o gasto e o uso dos produtos.
Maquiagem é algo que eu poderia ficar tranquilamente um bom tempo sem comprar, pelo menos de 3 a 6 meses, não fosse o mercado sempre nos tentando com lançamentos e cores incríveis. Não me impedirei de comprar – até porque não conseguirei cumprir a promessa – mas tentarei ser mais racional e diminuir o consumo.
Coleções da MAC?! Respirar fundo e tentar resistir a tantas coisas lindas. Escolher um tom, um produto. Para a minha sorte, as próximas coleções deles não estão tão tentadoras assim para mim.
Não é edição limitada? Repetir o mantra: “o produto não vai fugir da loja, não precisa comprar agora“.
Rodízio de produtos que não se usa faz tempo ou que usamos pouco também é uma ótima saída, porque dá a perspectiva da quantidade de coisas que se tem e dribla um pouco a vontade de ter “mais uma coisinha, numa cor que ainda não tenha…“
Já os produtos de higiene pessoal são os mais difíceis de evitar o consumo. Nesse caso, o jeito é seguir firme no propósito de ter um de cada tipo e só comprar outro quando acabar o anterior. E substituir itens mais básicos (sabonete e hidratante para o corpo, por exemplo) por opções mais baratas ou com fórmula mais concentrada, que renda bastante.
Ter um (ou dois) de cada, ao invés de vários cheirinhos de creme e sabonete, para cada estado de espírito.
E o principal e que funciona muito para mim: evitar ir a shopping, especialmente sozinha. Quando estamos acompanhadas do marido, namorado é mais difícil cairmos em tentação.
Se nada disso adiantar, faça como a Becky Bloom: tire os cartões da carteira, ponha no congelador… Levando um cartão só (de preferência aquele que tenha o limite mais curto), as chances de uma loucura de consumo diminuem bastante.
E-commerce (nacionais e internacionais)? Tenho evitado também. Nem entro, para não cair em tentação. Os internacionais, nem têm compensado, porque quando vou converter os preços + taxa de importação, alguns produtos estão custando quase o mesmo que aqui. Só vale à pena se o preço + taxa custar pelo menos metade do que custa no Brasil. Ou se for algo que realmente não exista similar no mercado brasileiro.
Também deixei de seguir vários perfis de marcas, lojas e vendedores no Instagram.
Roupas e sapatos têm sido os itens que menos me abalaram. Fiz boas compras no início do ano e acredito que serão suficientes para me virar por um tempo. Sem contar com o fato de que passo 2/3 do meu tempo de uniforme de trabalho e tenho ficado mais em casa nos fins de semana.
Não é impossível, mas, racionalizando o uso (e os gastos), podemos continuar tendo as coisinhas que somos loucas, sem se privar tanto.
Mulher, quando coloca na cabeça algo, dificilmente desiste do que quer. Por que não desta vez usar o nosso foco em prol de um propósito que vai tornar a vida mais leve, com menos preocupações?
[Porque, vamos combinar, que ter um mini-infarto na hora que chega a fatura do cartão não é nada agradável…]
Se todo mundo diminuir o consumo, as marcas e lojas irão ver-se obrigadas de certa forma a facilitar a compra, fazer mais promoções, diminuir/frear os preços. E, quando (e se) isso acontecer, seremos os maiores beneficiados.
Miucha
Estou triste porque acho que terei de abrir mão de meus protetores e co asiáticos… Tô convertendo e não me divertindo, em absoluto…