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Essa minha resenha foi feita em 2010. Decidi republicá-la, já que agora a Missha é oficialmente vendida no Brasil.

 

Depois de experiências com outras marcas de BB Creams orientais, decidi testar o Perfect Cover, da Missha, que é um dos mais populares entre as brasileiras.

O que me fez querer testá-lo foi o fato de ele vir disponíveis em cinco tons diferentes:

Primeiramente, comecei usando o 23 – Natural Beige, por receio de que o 31 ficasse muito escuro no meu tom de pele (NW30):

 

BB  Cream Perfect Cover Missha #23 – Natural Beige

 

Na pele

Como podem perceber, ele é um pouco mais claro e acinzentado que o meu tom de pele.

 

Quando abri a embalagem, pensei “Ih, vai ficar claro e cinza“.

Realmente, ele é mais claro que a minha pele, mas se aplicado em quantidade sem exagero, não fica tão claro assim e a aparência acinzentada fica discreta.

 

Pele uniforme. Apenas uma leve diferença para o meu tom de pele natural, que é pode ser corrigida com um pó ou base no meu tom de pele, que é mais amarelada.

 

O diferencial dele para o que vinha usando é que o Missha não tem as partículas iluminadoras que alguns outros BB Creams orientais têm.

O acabamento é o meio termo entre o mate e o iluminado. Diria que ele deixa a pele com aspecto sequinho ao toque, mas com um leve glow natural, que é perfeitamente contornado com um pó matificante. Provavelmente por este motivo, faça tanto sucesso entre as brasileiras.

Apesar de  terem me dito que ele não deixa um tom muito acinzentado na pele (e não aparecer muito na foto de amostra), na pele do rosto fica levemente acinzentado.

[Nada tão chamativo, especialmente se você não exagerar na aplicação]

Depois lançaram o tom #27, mais adequado para o tom de pele de uma boa parte das brasileiras:

 

 Perfect Cover #27 – tom na embalagem

 

  

Amostra do Perfect Cover #27 e espalhado na pele (direita)

 Notem que  este tom não é nada acinzentado como o anterior

Comparação entre o Perfect Cover nos tons 23 e 27:

 

  

Pelas fotos percebe-se o quanto o 23 é acinzentado, se comparado ao 27

 Avaliação Geral:

Considero o “pai dos BB Creams”, pois foi graças à sua popularização que várias marcas ficaram interessadas em ter seu próprio BB Cream.

Tem ótima cobertura, acabamento natural. E o mais legal, para a entrada no mercado brasileiro, a Missha adaptou a fórmula para o nosso tipo de pele, que é bem diferente do das orientais.

É um dos poucos BB Creams que realmente agregam propriedades de tratamento e clareamento de pele. No uso contínuo dele, realmente percebi clareamento de manchas e benefícios na textura da pele.

 

O tom 27 é o ideal para o meu tom de pele e acredito que, da maioria das brasileiras com pele morena clara e média. Acho que ele atende bem do tom NC 30 ao 40 da MAC – como referência. Talvez quem é NC 40 precise uniformizar levemente com um pó no seu tom de pele.

Quem é NC 42 e 45 será melhor atendida com o BB Cream #31.

Já quem é bem clara ficará melhor com o 21 e entre o NC/NW 25 ao 30, com o tom 23.

Infelizmente, por ser uma marca oriental, não estão disponíveis tons para peles negras.

 

O que gosto nele é o acabamento “meio termo” – nem muito seco, nem muito iluminado.

Outra coisa boa é que rende muito, basta um pouquinho para o rosto todo. E o filtro solar é bem alto – FPS 42

A cobertura, se você encontrar o tom mais próximo do seu, pode ser construída. Quando está muito acinzentado, o ideal é usar uma camada mais fina para não deixar uma aparência esbranquiçada.

Em um tom mais “ocidentalizado” como o 27 e o 31, você pode construir mais camadas e dar uma cobertura maior.

Um detalhe importante: esse BB Cream tende a oxidar (escurecer o tom depois de aplicado), especialmente quando o clima está mais quente. Para evitar o efeito, sugiro:

– Usar um primer antes do BB Cream – pode ser o que você já tenha ou o BB Boomer que citei acima.

– Não usar as mãos para aplicar o produto. Costumo usar pincel de base (daquele chato) para “pingar” o produto no rosto e a Beauty Blender  ou o pincel F80 (flat top) da Sigma para espalhar e ficar mais natural – você também pode usar o pincel tipo língua de gato para espalhar, mas a cobertura será um pouco maior.

Um pincel duo fiber também espalha bem o BB Cream, mas não é tão bom para distribuir o produto no rosto.

Faço essa parte de espalhar o produto (se usar pincel) em movimentos circulares – o que chamamos de “selar”, em maquiagem profissional.

Quando uso a esponjinha, aplico dando batidas e “selo” com um pincel de topo reto (flat top) ou o duo fiber depois. Isso faz o produto aderir melhor à pele, ficar mais natural e ajuda a minimizar o efeito oxidado na pele.

 

Os BB Creams da Missha estão disponíveis em dois tamanhos – 10 e 50 ml.

Aqui no Brasil estão à venda na Sephora, na Beleza na Web, na Época Cosméticos e na Drogaria Iguatemi. Em Brasília, podem ser encontrados na Lord Perfumaria.

O preço no Brasil está bem salgado – entre R$ 70 (embalagem com 10 ml) e 237 (embalagem com 50 ml).

Porém, acho arriscado comprar em revendedores não-oficiais, especialmente se o preço for muito barato. Existem falsificações e às vezes nem mesmo quem vende sabe que o produto não é original, o que não acontece com as lojas que citei, que recebem o produto diretamente da Missha.

Para saber mais sobre as falsificações de BB Cream, leia este post.

 

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